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Eloí Bocheco: o costume de consertar os objetos queridos, especialmente os brinquedos, foi uma coisa que me fascinou durante toda a infância. As bruxinhas de pano, gastas pelo uso intenso nas brincadeiras, quando eram recuperadas pelas vós e tias, reencantavam-se. Era um prazer dobrado andar com elas pelas ruas mágicas da imaginação. Era assim com todos os brinquedos. Estavam sempre renascendo das cinzas e, dificilmente, eram jogados fora. Por isso, curti muito escrever a história da menina Olímpia na casa de consertos de brinquedos de sua vó, dona Sofia. Foi muito divertido dar forma a um encantamento guardado para sempre na memória.
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